Apenas começando
Pretendo colocar trechos de histórias que apenas perambularam pela minha cabeça, diálogos entre NPC's e cenas que as vezes se formam em minha mente mas que nunca ganham espaço, estes tópicos não serão apresentados em ordem cronológica e, por enquanto, não serão organizados. Os planos futuros são de que eles possam ser organizados em Diários, Cenas, Posts e off, mas enquanto isso não acontece o título do post vai conter a informação do que ele é.
Então... aproveitem.
Mason corria pela mansão, seguido de Faye, ele ainda não tinha tido tempo de perguntar a garota o motivo da máscara, mas provavelmente era alguma magia, e num momento desses ele só podia ter fé nas ações de seus amigos.
Durante o último lance de escadas a casa tremeu, Faye olhou pra ele, assustada, ainda dava pra ver isso nos olhos dela. Não esquenta, vai dar tudo certo, e ele esperava realmente que desse tudo certo, mas um ataque desses era mais esperança que prendia essa ideia na mente dele, mas uma das principais coisas que ele havia aprendido com seu mentor é que o caos não pode ser controlado. As estatísticas estavam contra eles, mas eles defendiam e o desgaste de quem ataca é sempre maior. Ele sabia disso, então era só conseguir tirar um bispo ou uma torre deles do tabuleiro e os peões iriam se assustar, e o que quer que estivesse fazendo a casa tremer deveria ser um bispo, 0u até uma rainha, ele só precisava derrota-lo.
Quando a porta para o telhado se abriu ele ficou maravilhado, um robô - definitivamente um robô, aquilo não é um mech - estava lutando com uma das panteras e mais três caras, na verdade a garota estava tentando se defender com um escudo de força, enquanto um dos caras alvejava a máquina com tudo o que ele tinha de pesado, que era mágica vulgar misturada com algo que lembrava vagamente um lança mísseis, e os outros dois estavam atrás da garota, um desacordado e o outro tentando prestas socorro.
Mason analisou rapidamente a situação, os olhos correram pelo telhado atrás de uma solução, e encontraram, ele pegou o ombro de Faye e fixou os olhos nela, enquanto explicava a garota o que fazer foi prendendo uma pulseira nela, um pouco esquisita, com algumas luzes, mas se havia algo que todos na cabala podiam confiar era nas engenhocas dele, e ele ficava orgulhoso com isso.
Faye correu na direção do monstro metálico, parecia um transformer, um carro transformado em um robô, os faróis nos ombros ajudavam a manter o foco nos alvos e os punhos da criatura tinham o tamanho do tronco de Faye, ela só rezava pra que eles não encostassem nela, o resto entregava ao destino, e a pulseira de Masom. Ela pulou na direção da criatura, parecia Davi contra Golias, arremessou duas facas, certeiras nos faróis e pousou o seu salto na cabeça do monstro, o cara do lança-misseis assume a postura defensiva, afinal ele ainda não tem munições infinitas. A neblina mágica e a poeira levantada pela destruição do telhado não permitiam muita visão, mas em alguns relances Masom podia ver Faye saltando e o monstro tentando acertá-la. O plano estava dando certo, ele só precisava de tempo.
Quando chegou a antena para-raio foi logo abrindo a sacola e buscando peças, virou o conteúdo da sacola no chão e começou a montar outra pequena antena, Donna, preciso de ajuda urgente aqui, gritou pra Pantera que ainda estava encolhida, Não posso, tenho gente ferida aqui comigo,Se não vieres vamos ser todos nós caídos... rápido, a garota exita, olha pros colegas e eles balançam a cabeça, entendendo que vão ter que se virar agora mas que talvez o monstro seja derrubado.
A porta do telhado se abre e entra Rachel, ela corre até Mason com um objeto na mão, alcança o objeto pra ele, exatamente o que ele queria, um transmissor, Rachel reclama alguma coisa, mas essa não é a hora pra tentar argumentar com ela quanto mais o tempo passa, mais a vida da Faye corre risco, Rachel parte e Donna chega até ele.
Masom explica o plano para a Pantera, um plano bem simples, na verdade algo que ele guardou desde a primeira vez que enfrentou um robô, agradece a Derek pela ideia e entrega a pequena antena presa com fita isolante, silver tape e parte do comunicador que Rachel havia trazido, a outra parte ele fixou no para-raio. Só espera que o material aguente, pra isso nada como a solução hiper-resistente do Masom.
Faye é lançada perto deles, a máscara quebra perto do queixo, o queixo também deve ter sido quebrado, mas isso eu resolvo assim que o robô estiver no chão, pensa Masom. Donna ajuda Faye a se levantar, e as duas correm em direção a criatura, Faye salta por cima do monstro e arremessa um cano na direção dele, o cano bate na cabeça sem muito efeito, mas atrai a atenção a ela. Donna corre com a varinha na mão, segurando a antena na mesma mão e enfia a varinha com força entre as juntas do joelho da criatura, grita as palavras mágicas, a explosão que segue arremessa a Pantera longe, mas pode-se ver um fio azul correr o ar em linha reta direto entre o robô e o para-raio, esse fio se mantém por alguns instantes, o robô se debate, parte pra cima de Masom, e depois de alguns passos outra explosão se houve e Golias cai. Um último míssel foi o suficiente pra destroçar o que faltava.
Agora ele é só sucata sem bateria, comenta a Pantera enquanto estende a mão para Mason, Não, diz ele, agora ele pode nos defender. Ela puxa ele com força pra perto dela e o beija com força, Sabe que adoro o teu gênio, ele ri meio sem jeito, ela chega com o rosto perto do ouvido dele e sussurra, e sabe que explosões e chamas me deixam com tesão, ele olha pra ela, lhe dá um beijo e pensa que a noite pode acabar bem, mas primeiro temos que contabilizar os feridos.
J.J. acorda, seu corpo reclama de dor, sua cabeça parece que vai explodir, ele tem um furo embaixo das costelas, tira a camisa e tenta estancar o sangue, e o mais estranho é que o mundo não está balançando. Que porra é essa? O mundo parece girar, mas ao invés disso ele está estático, estranhamente extático. J.J. poderia dizer que parece até que o mundo parou no tempo, mas isso não iria facilitar as coisas, por que isso levaria a duas alternativas, e ele não gostava das respostas de ambas.
Ele odeia celas, é um cinto de castidade pro corpo, é uma merda. O negócio e esperar, logo as coisas vão tremer. J.J. esboça um leve sorriso... e a porta se abre.
Oi pai, situação difícil heim?! Oi garoto, tava te esperando! Pois é velho, depois daquela confusão que tu armou, esperava o que? Uma medalha? Se continuar assim eu vou ficar órfão em breve. Eu precisava, tinha gente bem fudida lá. E daí?! Tu te importa mais com eles que comigo né? Deixas a maluca da minha mãe me arrastar pra sabe-se lá onde pra tu poder ficar fazendo festa... e depois entrar numa missão suicida... como é que eu fui te admirar negão? Tu é um inútil mesmo.
J.J. baixa a cabeça, o corpo dói, aperta a camisa na ferida aberta, aperta com força, talvez a dor faça as palavras do garoto sumir. Ele sabe que aquele na frente dele não é seu filho, é só a realidade tentando lhe sacanear, mas fazer o que, as palavras são certas e a vergonha é maior que qualquer dor que ele possa sentir. Subitamente Julian lhe dá um chute, J.J. se mantém deitado e o arauto segue batendo nele, o garoto grita coisas que ele não consegue captar direito, tratante... vadio.... desgraçado...
Subitamente tudo para, os gritos e o linchamento. J.J. cospe sangue e olha pro rapaz, pro seu filho, pro seu arauto, o garoto olha pra ele com desprezo Eu tenho vergonha de ti negão. Agora aqueles idiotas de chapéu preto vão entrar aqui e te detonar, tu vai entregar todo mundo. Só assim pra ficar só eu e tu, por que tu é o mais fraco deles, o mais imbecil. Só correndo é que tu vai sobreviver. Pra variar vai ser tu e a raia, o resto que se foda. Bom, pelo menos eu vou ficar livre. Lembra de incluir a minha vida na hora de livrar o teu rabo.
Té mais pai, a gente se vê em breve.
O arauto abre a porta e sai, J.J. está caido no chão, olha pro teto procurando alguma resposta, as lágrimas no seu rosto começam a escorrer. Ele sabe que aquilo não é verdade, que não poderia ser verdade, mas ainda pode ouvir o seu filho dizendo Por que tu não olha pro futuro pai? Tens medo de ver como tu sobrevive? J.J. busca alguma força, alguma esperança, ele sabe que daqui a pouco alguém vai chegar e leva-lo pra sala 101, e pensa que infelizmente o seu filho já começou o trabalho pra tecnocracia. Ele vira o corpo, coloca o rosto no chão e vomita mais um pouco de sangue.
A porta abre e os problemas voltam.
Toc-toc, ela bate na porta e espera por alguns instantes, instantes que parece ser uma eternidade, um silêncio profundo vem lá de dentro, "pra alguém que gosta tanto de som, ele fica muito em silêncio" ela pensa.
Oi diário, hoje não vai dar pra te chamar de querido.
Então, aproveitem e divirtam-se.
Esse é o pessoal que vai se manifestar por aqui esporadicamente... o resto do pessoal ainda tá por vir (afinal eles são muitos e eu sou um só)