Apenas começando
Pretendo colocar trechos de histórias que apenas perambularam pela minha cabeça, diálogos entre NPC's e cenas que as vezes se formam em minha mente mas que nunca ganham espaço, estes tópicos não serão apresentados em ordem cronológica e, por enquanto, não serão organizados. Os planos futuros são de que eles possam ser organizados em Diários, Cenas, Posts e off, mas enquanto isso não acontece o título do post vai conter a informação do que ele é.
Então... aproveitem.
J.J. acorda, seu corpo reclama de dor, sua cabeça parece que vai explodir, ele tem um furo embaixo das costelas, tira a camisa e tenta estancar o sangue, e o mais estranho é que o mundo não está balançando. Que porra é essa? O mundo parece girar, mas ao invés disso ele está estático, estranhamente extático. J.J. poderia dizer que parece até que o mundo parou no tempo, mas isso não iria facilitar as coisas, por que isso levaria a duas alternativas, e ele não gostava das respostas de ambas.
Ele odeia celas, é um cinto de castidade pro corpo, é uma merda. O negócio e esperar, logo as coisas vão tremer. J.J. esboça um leve sorriso... e a porta se abre.
Oi pai, situação difícil heim?! Oi garoto, tava te esperando! Pois é velho, depois daquela confusão que tu armou, esperava o que? Uma medalha? Se continuar assim eu vou ficar órfão em breve. Eu precisava, tinha gente bem fudida lá. E daí?! Tu te importa mais com eles que comigo né? Deixas a maluca da minha mãe me arrastar pra sabe-se lá onde pra tu poder ficar fazendo festa... e depois entrar numa missão suicida... como é que eu fui te admirar negão? Tu é um inútil mesmo.
J.J. baixa a cabeça, o corpo dói, aperta a camisa na ferida aberta, aperta com força, talvez a dor faça as palavras do garoto sumir. Ele sabe que aquele na frente dele não é seu filho, é só a realidade tentando lhe sacanear, mas fazer o que, as palavras são certas e a vergonha é maior que qualquer dor que ele possa sentir. Subitamente Julian lhe dá um chute, J.J. se mantém deitado e o arauto segue batendo nele, o garoto grita coisas que ele não consegue captar direito, tratante... vadio.... desgraçado...
Subitamente tudo para, os gritos e o linchamento. J.J. cospe sangue e olha pro rapaz, pro seu filho, pro seu arauto, o garoto olha pra ele com desprezo Eu tenho vergonha de ti negão. Agora aqueles idiotas de chapéu preto vão entrar aqui e te detonar, tu vai entregar todo mundo. Só assim pra ficar só eu e tu, por que tu é o mais fraco deles, o mais imbecil. Só correndo é que tu vai sobreviver. Pra variar vai ser tu e a raia, o resto que se foda. Bom, pelo menos eu vou ficar livre. Lembra de incluir a minha vida na hora de livrar o teu rabo.
Té mais pai, a gente se vê em breve.
O arauto abre a porta e sai, J.J. está caido no chão, olha pro teto procurando alguma resposta, as lágrimas no seu rosto começam a escorrer. Ele sabe que aquilo não é verdade, que não poderia ser verdade, mas ainda pode ouvir o seu filho dizendo Por que tu não olha pro futuro pai? Tens medo de ver como tu sobrevive? J.J. busca alguma força, alguma esperança, ele sabe que daqui a pouco alguém vai chegar e leva-lo pra sala 101, e pensa que infelizmente o seu filho já começou o trabalho pra tecnocracia. Ele vira o corpo, coloca o rosto no chão e vomita mais um pouco de sangue.
A porta abre e os problemas voltam.
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